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Polícia Civil investiga caso de injúria racial após homem ser chamado de ?preto e macaco? dentro de condomínio em MG
Publicada em 04/11/2025
Polícia Civil investiga caso de injúria racial após homem ser chamado de ?preto e macaco? dentro de condomínio em MG (Foto: Reprodução)
A Polícia Civil investiga um caso de injúria racial ocorrido dentro de um condomínio no Residencial Sul Ipês, em Montes Claros. O suspeito, de 34 anos, foi preso em flagrante.
Um vídeo que circula nas redes sociais registrou o momento em que o suspeito profere ofensas racistas contra outro homem, que estava dentro de um carro, chamando-o de ?preto e macaco?.
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Lázaro José de Lima Silva foi chamado de 'preto e macaco'
Reprodução
A vítima contou que, ao chegar ao estacionamento do condomínio, se deparou com o suspeito agredindo a própria mãe. Ao tentar intervir, o homem teria se identificado como policial e ordenado que ele se afastasse.
?O síndico me pediu ajuda e quando a gente se aproximou, ele partiu pra cima da gente, e eu entrei no meu carro. Ele foi atrás do síndico falando muita coisa, e depois veio pro meu carro falando que era policial, tirando fotos da minha placa, falando que iria colocar muita multa, que não conseguiria pagar. Foi aí que bateu no vidro do meu carro e falou que eu era preto, e chamou de macaco?, disse Lázaro José de Lima Silva em entrevista à Inter TV.
O desenvolvedor de software, de 28 anos, também comentou sobre a indignação de ser vítima de um crime dessa natureza.
?É complicado viver isso em 2025 onde esse tipo de coisa não deveria mais existir. É bem dolorido, a gente sente um ódio imenso dentro da gente. Mas acho que agi da melhor forma, que foi não reagir. Ter pegado o meu carro e saído".
Prisão
No momento da prisão, o suspeito afirmou aos policiais que estava em casa tomando cerveja e que não teria feito nada de irregular. Segundo a PM, ele apresentava sinais visíveis de embriaguez.
?O crime de injúria racial está previsto no Código Penal brasileiro e consiste em ofender a honra de alguém valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem.
A mãe dele conversou com os policiais, mas não relatou que estava sendo agredida. Ela disse apenas que o filho tem transtornos mentais e estava sem tomar a medicação há alguns dias.
De acordo com a delegada Kelly Liz Fernandes Martins, a prisão foi ratificada, e o suspeito encaminhado ao presídio de Montes Claros. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso.
?O conduzido apresentou-se como policial militar e proferiu ameaças de aplicação indevida de multa ao veículo da vítima. Posteriormente, proferiu injúrias raciais contra ela. Apesar de se apresentar como policial, foi constatado que atualmente não integra o quadro da instituição?, falou a delegada.
A produção da Inter TV procurou o advogado de defesa do suspeito, mas não obteve retorno.
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